Paran aumenta rea plantada de milho, mas colhe menos
A entrada do milho safrinha no mercado deveria aliviar a pressão sobre os preços provocada pela escassez do produto. Mas não é o que está ocorrendo, pelo menos no Paraná. A estiagem de abril e maio, seguida das geadas em junho, afetaram severamente as lavouras. A produção no estado deve ficar entre 11,3 milhões e 11,4 milhões de toneladas, diante de um potencial inicialmente estimado de 12,9 milhões de toneladas. O prejuízo em volume, de até 1,6 milhão de toneladas, que representa 12% da produção, consta de um balanço feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura.
Com a colheita apenas no começo, com pouco mais de 10% da área colhida, nesta fase não é possível ter uma posição consolidada sobre a safra. Os técnicos do Deral temem que o revés seja ainda maior. Na comparação com o ano passado, pelo menos por enquanto, o ciclo 2015/16 deve ser entre 100 e 200 mil toneladas menor. A questão é que o estado plantou 260 mil hectares a mais (14%) para colher uma safra 1% menor que no ano passado, em um cenário de escassez histórica do produto.
Em Mato Grosso, o maior produtor de cereal do país, a colheita se aproxima dos 20% da área, com uma redução no potencial produtivo ainda maior que no Paraná. O estado plantou uma área 5,6% maior e deve colher uma safra 19% menor que em 2015. A produção deve ficar entre pouco mais de 21 milhões contra mais de 26 milhões de toneladas no ano passado. Assim como no Paraná, os mato-grossenses tiveram problemas com o clima no desenvolvimento das lavouras
Fonte: gazeta do povo