Chuva preocupa agricultura mais que a crise

A crise política, agravada pela possibilidade de impeachment, abre expectativa de aumento nas cotações dos grãos e renova o ânimo do agronegócio em relação à renda bruta da maior safra de soja da história. O quadro contrasta com as chuvas em excesso registradas no Sul e a falta de umidade no Centro-Oeste e no Centro-Norte, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo, que segue viagem pelo Sul do país levantando dados sobre produção, logística e mercado.

“O câmbio tem sido positivo para a agricultura brasileira. Eleva os preços em real e faz com que nossas commodities agrícolas fiquem mais competitivas na exportação. Com um dólar, o importador compra mais soja do Brasil do que da Argentina ou dos Estados Unidos”, detalha Christian Souza, agrônomo e trader do Grupo I.Riede, que atua no Oeste do Paraná.

As vendas futuras foram maiores que as do ano passado. Regiões como a de Cascavel, que tinham comprometido em torno de 25% do volume da colheita um ano atrás, estão com cerca de 35% da soja com preço determinado em contratos para entrega programada principalmente para março.

Quando chega neste patamar, a comercialização normalmente fica estacionada até a colheita. Mas se a cotação da soja ultrapassar a barreira “psicológica” de R$ 70 por saca novamente, as vendas podem ter novo arranque nas próximas semanas, conforme Souza.

Post - Andressa Pinheiro - Paranagua/PR

Fonte Gazeta do Povo (http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/expedicoes/expedicao-safra/2015-2016/diario-de-bordo/chuva-preocupa-agricultura-mais-que-a-crise-cg2519jw2qb7z68ynw7vkdntr)