Regional Oeste da UGT-PARAN realiza plenria em Cascavel-PR

Dirigentes de diversas entidades filiadas à UGT participaram da Plenária da Regional  Oeste, da UGT-PARANÁ, realizada dia 31 de maio,  em Cascavel (PR).  Além das palestras e debates,  foi lançada durante o evento a campanha estadual e nacional da UGT pela Redução dos Juros dos Cartões de Crédito.

“O grande número de companheiros e companheiras presentes nessa plenária, expressa a necessidade ainda maior da organização sindical nesse momento tão delicado da política e economia brasileira”, destacou o presidente da Regional Oeste da UGT-PARANÁ,  Antônio Vieira Martins, o “Toninho Frentista”.  Ao abrir a plenária Toninho agradeceu a presença dos presidentes das regionais Litoral e Norte, Jaime Ferreira, o “Jaime da Saúde” e Éder Pimenta, respectivamente, além dos dirigentes sindicais da regional  Noroeste, Sudoeste,  da capital e da própria Regional Oeste.

PALESTRAS: “A luta da UGT pela Redução dos Juros dos Cartões de Crédito e a situação econômica e política do país’, foi proferida pelo presidente da Federação dos Bancários do Paraná e membro da executiva nacional da UGT, Gladir Basso;  “Os Danos da PLP 257/16, Que Retira Direitos dos Servidores Públicos”, apresentada pelo presidente do Sindicato dos Servidores  Públicos de Marechal Cândido Rondon (PR) e vice-diretor de Finanças da Fesmepar  – Federação dos Servidores Públicos do Estado do Paraná, Fernando Aloisio Hubner;  e “As Ameaças aos Direitos Trabalhistas e Civis Tramitando no Congresso Nacional”,  pelo presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi.

Em sua palestra Gladir Basso apresentou as fórmulas utilizadas pelo sistema financeiro aplicadas nas taxas de juros. “Os brasileiros pagam a maior taxa de juros do mundo quando utilizam o crédito rotativo dos cartões e pagam apenas o valor mínimo. Está na hora da sociedade dar um basta a essas cobranças exorbitantes”, disse Gladir.  Além disso, o presidente da FEEB afirmou que somente neste trimestre, os bancos já arrecadaram mais de 55 bilhões de reais em taxas dos correntistas, e se colocou à disposição dos dirigentes para campanhas de esclarecimento financeiro e uso racional dos empréstimos bancários.

Ao falar sobre a PLP 257/16, que retira diversos direitos dos servidores públicos, o diretor da Fesmepar, Fernando Aloisio Hubner,  apresentou  a estratégia dos parlamentares para aprovarem e implantarem esse Projeto de Lei Complementar: “são 3 etapas bem distintas, e em todas elas há a retirada dos direitos trabalhistas dos servidores públicos, desde a desqualificação dos planos de cargos e salários, até mesmo o congelamento de salários e benefícios. O movimento sindical não pode permitir que esses absurdos sejam aprovados no Congresso por interesse de governadores e pelo próprio governo federal”, disse Hubner.

O presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi apresentou o rol das 55 propostas que estão na Câmara Federal e no Senado e que retiram direitos trabalhistas e civis dos brasileiros. “Na grande maioria, essas propostas são absurdas, mostrando o quanto o Congresso, de forma conservadora, atua contra a classe trabalhadora. É de vital importância que os sindicatos, os trabalhadores e a sociedade civil organizada acompanhem de perto o rito dessas propostas, cobrando firmeza dos deputados federais e senadores “,  destacou Paulo Rossi.

O presidente estadual da central falou ainda das recentes notícias veiculadas pela mídia   sobre uma possível fusão da UGT e a  Força Sindical. “A realidade é que a UGT, fruto de uma união de três centrais sindicais (CAT, CGT e SDS), em pouco mais de 8 anos já se tornou a 2ª maior central sindical brasileira, ultrapassando a própria Força Sindical. Esse fato, levou os presidentes nacionais da UGT, Ricardo Patah e da Força Sindical, Paulo Pereira, a iniciarem discussões no sentido de unificarem pautas de interesse da classe trabalhadora, e isso gerou uma especulação sobre uma eventual fusão”. Rossi esclareceu ainda que, qualquer avanço nesse sentido, somente será aprovado após serem ouvidas as entidades filiadas. “A UGT sempre respeitou suas bases, e não será de forma diferente caso aconteça essa possível união, pois acreditamos que, com União e Força, quem ganhará com isso, serão os mais de 15 milhões de trabalhadores representados pelas duas centrais sindicais”, finalizou Rossi.

Ao final do encontro, foram formalizados os pedidos de desincompatibilização dos dirigentes das regionais e da UGT-PARANÁ, que irão concorrer às eleições municipais de outubro.

Fonte: UGT